sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Perseguição Política em Simões Filho - AS PRELIMINARES




A Cia. de Teatro Dandhara é uma ONG beneficente que há 20 anos presta memoráveis serviços à comunidade simõesfilhense, desde 2002 tem sede num prédio público e nessas instalações ocorrem ensaios de bandas, grupos de teatro, um grupo de dança e um grupo de capoeira. Todas essas atividades acontecem num prédio cedido pela prefeitura e justamente nesse prédio (e por esse prédio) está havendo um grande rebuliço:

Sem aviso prévio, sem comunicação nem aviso, o cadeado da porta principal foi arrombado e substituído por outro impedindo que os grupos tivessem acesso ao espaço. Descobrimos que a autora do arrombamento foi uma senhora de prenome Zete, localizamos a referida senhora e a convencemos de nos acompanhar até a sede para que pudéssemos verificar nosso material e para nossa surpresa ao adentrarmos no imóvel percebemos que faltavam alguns equipamentos (microfones, cabos e um aparelho de DVD), comunicamos o fato a Sra. Zete e a mesma revidou dizendo que nada havia sido tirado de lá, só que essa afirmação não tem valor nenhum já que a mesma arrombou a sede sem acompanhamento dos responsáveis pelo espaço. A sra. Zete esbravejava alto que o “doutor” (prefeito) havia mandado ela arrombar o espaço e que NINGUÉM poderia se meter na frente dela.

Estivemos na delegacia para registrar a ocorrência e fomos orientados pelo delegado para que procurássemos o prefeito para que o mesmo pudesse dar um parecer da situação, pois bem localizamos o “doutor” e esclarecemos o fato e para surpresa geral ele disse não ter dado nenhuma ordem nesse sentido, que só havia dito a Sra. Zete que em MARÇO ela estaria a frente de uma reunião com os grupos culturais que ali ensaiam. Decidimos então formalizar uma queixa crime contra a Sra. Zete pelo desaparecimento dos equipamentos. No dia 22/01 comparecemos para a audiência na Delegacia de Policia, ao entrarmos na sala do delegado, para nossa surpresa a Sra. Zete, seu esposo Leleu e o procurador do município Dr. Charles já se encontravam lá dentro, o delegado então iniciou um show de acusações contra a comissão que ali se fazia presente (esse que vos escreve, os atores Ivan, Tânia Regis e o presidente do Dandhara Azaza), acusou-nos de displicência por não havermos entregado as chaves do espaço ao prefeito no dia 01 de janeiro, que o prefeito está acima de tudo e pode sim mandar arrombar qualquer prédio público sem aviso, por fim nos ameaçou de prisão por acusarmos a Sra. Zete por arrombamento, enquanto os outros confrades zombavam de nós com frases do tipo:

- Vocês perderam a eleição, tem que aguentar....
- O doutor até aceita os grupos lá dentro, exceto Azaza...
- Vocês não sabem o que estão falando...

Fomos humilhados e amedrontados dentro da delegacia, temos um prazo para retirarmos os pertences do grupo e vamos fazê-lo, mas a luta não acabou, contatamos um advogado (Dr. Sandro) que abraçou a causa e entraremos com uma ação no Ministério Público pela manutenção do espaço, também estamos articulando com outros grupos uma manifestação pacífica, cobrando providências ao poder público. Agradecemos o apoio dos diversos grupos que se manifestaram e apóiam a causa, em especial a Fundação Terra Mirim que ofereceu espaço para que a Cia. de Teatro Dandhara continue seus ensaios, obrigado de verdade mas realizaremos os ensaios para o espetáculo “Paixão e Morte de Cristo” em praças públicas, para que toda a sociedade saiba o que está ocorrendo.


Quanto a situação dos grupos que ensaiam lá NADA FICOU DECIDIDO até agora, temos eventos marcado para o dia 31/01 e 13, 14, 15/02 e não sabemos se vamos poder realizar lá dentro, esperamos que o bom senso prevaleça e não deixem a perseguição política e autoritarismo serem a marca dessa nova administração. Sabemos que o espaço é público e entendemos como o jogo funciona mas o respeito pelo outro deve estar acima de tudo isso, pois só QUEM NÃO TEM A FORÇA DO ARGUMENTO USA O ARGUMENTO DA FORÇA para conquistar seus objetivos. Um Abraço a Todos e Vamos a Luta!!!